quarta-feira, dezembro 12, 2012

procura-se

Eu não tinha que aprender os princípios de tudo.
O princípio estava lá.
Era a concentração em um ponto exato que dificultava tudo.
Tudo aquilo que estava lá dentro, por anos, tinha que ser apagado. Não de uma forma geral, mas de maneira que suavizasse, tornasse leve. Pluma voadora.
Toda obra construída teria de se desconstruir. Pedaço por pedaço...
Venho perdendo pedaços de mim.
Onde te deixei?


quinta-feira, dezembro 06, 2012

Expressão



Tenta se expressar e não consegue identificar sequer um Tom.
sequer uma Letra.
sequer um Som.


sábado, fevereiro 25, 2012

Gangorra

Vai e vem.
Em cima. Em baixo.
Aqui. Lá...

Agora. Ontem. Amanhã. Nunca mais.

Eu não sei.

domingo, fevereiro 05, 2012

Run, run, run.

Olhos fixos no infinito,
não se enxerga nada.
Uma luz ofusca a visão,
perde-se os sentidos.

O despertar vem e, com ele, o dia igual.
Singular e individual.
Inevitável quando não mais há tesão.

Run, run, run.

Os segundo estão mais rápidos do que antigamente.
Os dias mais quentes.
A fuga mais difícil.

Mesmices a parte,
só precisa-se de outra direção.


quarta-feira, janeiro 04, 2012

Prateleiras

Prateleiras postas.
Desorganizadas e completas.
Compostas de truques e sutilezas.
Tem amor? Tem.
Tem rancor? Tem.
Medos e tormentos? Tem também.
Há razões; especulações.
Teorias diversas em milhares de folhas impressas.
Aflições, emoções, canções e perturbações.
Tudo reorganizado, datilografado, digitado, enviado.
Fazendo parte de paredes brancas, pintadas, rachadas e quebradas.
Prateleiras preenchidas de livros.
Livros preenchidos de palavras.
e vazio.