terça-feira, março 05, 2013

Fantasmas

A capacidade de ser engolida pela fantasia.
O medo de ser enganada pelo concreto; o real.
Existe um monstro denominado abismo no qual não existe clareza de onde começa o verdadeiro e onde encontramos o imaginário.
E não é que esta ficção mental se torna, muitas vezes, a expressão mais sincera dos fatos que existiram e que são meros fantasmas da imaginação?
Consomem.
Engolem.
Pesam e assustam...
São fantasmas, tão reais e tão longe de serem alcançados, entendidos, processados.



segunda-feira, março 04, 2013

sensível in;


A extrema dificuldade de se fazer depreendida/o. 
Aquela imensa vontade, ou seria necessidade, de trazer a/o outra/o para dentro de mim. Para o (quase) inalcançável eu.
Em alguns momentos é tão calmo que percebe-se, ilusoriamente, que tudo está vazio, em transe, inexistente e incapaz de qualquer tipo de percepção ou sensibilidade.
Já em outras ocasiões é uma tempestade, linda e dolorosa, de fúria, raiva, misturada ao toque essencial de problematizações verbais e corporais. 
Lunática, não?
Esvair-se em lágrimas e gritos. 
Desfalecer-se de qualquer sentido ou razão.
Mas enfim, quem pode, mesmo, a verdade aduzir? 
Quem és tu, ser uno?
O que sabes? O que pretendes?
Ora ora. Já não sabes.
Portanto invade a mim e torna tudo assim, quase vazio. 
Já não é compreendido que tudo é um sopro? 
Um gozo? 
Uma gota?
Uma totalidade de 
absoluto
nada?