Muitas luzes ofuscam a visão.
Gira. Gira. Gira.
Sobe e desce. Sobe e desce.
Uma melodia repetitiva e aguda.
Gargalhadas.
Crianças e adultos se misturam.
A vida em um carrossel retrata um ciclo.
Pessoas vem e vão.
E as de fora, passam ligeiro.
Desfocadas e,
Desfiguradas.
sábado, dezembro 14, 2013
domingo, dezembro 08, 2013
Fugitivas
Um escape.
Uma mudança.
Uma quase necessidade.
Enfrentar um querer,
contornar um desejo e
dissipar uma vontade.
Permanecer em um tempo repousado.
Ventos levam.
Águas correm.
Terra firma.
Fogo engole.
Foge de si,
Foge de mim.
Foge do corporificar.
Fugitivas de si mesmas.
Ocultam.
Esquecem.
Aniquilam.
Transcorrem e
adormecem.
Uma mudança.
Uma quase necessidade.
Enfrentar um querer,
contornar um desejo e
dissipar uma vontade.
Permanecer em um tempo repousado.
Ventos levam.
Águas correm.
Terra firma.
Fogo engole.
Foge de si,
Foge de mim.
Foge do corporificar.
Fugitivas de si mesmas.
Ocultam.
Esquecem.
Aniquilam.
Transcorrem e
adormecem.
quinta-feira, dezembro 05, 2013
compasso
Andava em passos velozes.
Fugas constantes do que se formava por dentro.
Medo.
Mágoa.
Mistério.
Na tentativa de alcançar um novo espaço percebeu que vivia
em círculos.
“Há um impasse entre o novo e o repetido. Não seria tudo sempre
uma novidade em ares já tão velhos?”
domingo, novembro 24, 2013
O passar.
Olha-se no espelho.
Um reflexo cru.
Um corpo nu.
Marcas de uma noite.
Traços de uma vida.
Vira-se. Dá um passo. Dois. Três. Até quatro.
Se encontra e entende o (des)conhecido.
O tempo é uma identidade efêmera.
Acontece.
Passa.
Coexiste e constitui.
Saudade do tempo que findou.
Daquele que ainda nem passou.
segunda-feira, novembro 18, 2013
íntima estranheza
Uma estranha bate à porta.
Um espaço que já estava semiaberto.
Foi fácil entrar.
Alguns dizem que foi invasão.
Já outros, ocupação.
O caso é que a estranheza, [ou seria a própria estranha, já tão íntima] passou a ser o conforto. Companhia.
Companheira.
Um espaço que já estava semiaberto.
Foi fácil entrar.
Alguns dizem que foi invasão.
Já outros, ocupação.
O caso é que a estranheza, [ou seria a própria estranha, já tão íntima] passou a ser o conforto. Companhia.
Companheira.
segunda-feira, novembro 11, 2013
Prisioneiro de Egos
A gota cai no chão sujo por onde passam pessoas imundas que creem com o coração que cada cidadão claramente concordaria com a sua própria razão.
sexta-feira, novembro 01, 2013
quinta-feira, outubro 31, 2013
Sem coerência
Quão incontrolável as vezes se torna, cada simplista sentimento.
Egoísta, hipócrita, (in)desejável, profundamente seco.
Tentativas de raciocinar, perfeitamente em vão.
Usar deste artificio ao qual nomeamos cérebro torna-nos ainda mais estúpidos quando tratando-se de algumas emoções.
Eu grito, eu imploro eu machuco.
Não obtenho sinais, não enxergo.
Escureço, escurece.
Desperto!
Egoísta, hipócrita, (in)desejável, profundamente seco.
Tentativas de raciocinar, perfeitamente em vão.
Usar deste artificio ao qual nomeamos cérebro torna-nos ainda mais estúpidos quando tratando-se de algumas emoções.
Eu grito, eu imploro eu machuco.
Não obtenho sinais, não enxergo.
Escureço, escurece.
Desperto!
domingo, outubro 13, 2013
imperfeito
- Pra quê a pressa?
- É que eu quero estragar tudo.
- A pressa é inimiga da perfeição?
- Não, não quero perfeição. Mas a pressa é violenta.
- Então tu queres a violência?
- Eu nunca disse isso...
- Tu queres a pressa que é um golpe doloroso.
- Talvez eu não queira isso. Eu não quero a pressa objetivamente. Eu só quero.
- É que eu quero estragar tudo.
- A pressa é inimiga da perfeição?
- Não, não quero perfeição. Mas a pressa é violenta.
- Então tu queres a violência?
- Eu nunca disse isso...
- Tu queres a pressa que é um golpe doloroso.
- Talvez eu não queira isso. Eu não quero a pressa objetivamente. Eu só quero.
terça-feira, março 05, 2013
Fantasmas
A capacidade de ser engolida pela fantasia.
O medo de ser enganada pelo concreto; o real.
Existe um monstro denominado abismo no qual não existe clareza de onde começa o verdadeiro e onde encontramos o imaginário.
E não é que esta ficção mental se torna, muitas vezes, a expressão mais sincera dos fatos que existiram e que são meros fantasmas da imaginação?
Consomem.
Engolem.
Pesam e assustam...
São fantasmas, tão reais e tão longe de serem alcançados, entendidos, processados.
O medo de ser enganada pelo concreto; o real.
Existe um monstro denominado abismo no qual não existe clareza de onde começa o verdadeiro e onde encontramos o imaginário.
E não é que esta ficção mental se torna, muitas vezes, a expressão mais sincera dos fatos que existiram e que são meros fantasmas da imaginação?
Consomem.
Engolem.
Pesam e assustam...
São fantasmas, tão reais e tão longe de serem alcançados, entendidos, processados.
segunda-feira, março 04, 2013
sensível in;
Aquela imensa vontade, ou seria necessidade, de trazer a/o outra/o para dentro de mim. Para o (quase) inalcançável eu.
Em alguns momentos é tão calmo que percebe-se, ilusoriamente, que tudo está vazio, em transe, inexistente e incapaz de qualquer tipo de percepção ou sensibilidade.
Já em outras ocasiões é uma tempestade, linda e dolorosa, de fúria, raiva, misturada ao toque essencial de problematizações verbais e corporais.
Lunática, não?
Esvair-se em lágrimas e gritos.
Desfalecer-se de qualquer sentido ou razão.
Mas enfim, quem pode, mesmo, a verdade aduzir?
Quem és tu, ser uno?
O que sabes? O que pretendes?
Ora ora. Já não sabes.
Portanto invade a mim e torna tudo assim, quase vazio.
Já não é compreendido que tudo é um sopro?
Um gozo?
Uma gota?
Uma totalidade de
absoluto
nada?
segunda-feira, fevereiro 25, 2013
Mud@
- Se muda
- é muda
- o mundo.
- Transborda,
- seca,
- quebra.
- Tu mudas,
- transfora,
- tudo é um
- tumulto.
- Te pego,
- apego,
- te peço,
- impeço.
- Repensar,
- disfarçar,
- desfazer.
- Desfaço
- o desfecho,
- vou embora.
- Me mudo,
- sou muda,
- o mundo muda.
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