quinta-feira, agosto 04, 2011

Apenas aplausos

E depois de segundos de aplausos ela acordou, com o suor frio e o corpo estremecido.


Fazia frio lá longe. Naquele ambiente do seu inconsciente onde uma saída não havia.
Correu, sem olhar para trás. Sabia que ainda estava sendo perseguida por todo aquele barulho, borbulho, gritos e passos.
A cada passo uma pressão maior em seu corpo.
Em cada grito, menos entendimentos a seus ouvidos.
A cada borbulho... Em cada barulho. O desespero.
Sombras pálidas e escuras. Sombras quentes e congeladas. Sombras que assombram. Sombras que perseguem. Assustam. Machucam. Aliviam.
Ela andou, a respiração já no estado ofegante. Havia um banco. Madeira velha. Quase podre. "Senta-te", a voz gritava em sua volta.
Sentou. Deitou. Adormeceu.
Despertou e estava lá. De pé. Naquele teatro que por vezes parecia abandonado.
As cortinas se abriram, a luz cegou suas pupilas.
Tod@s, de pé, a aplaudiram.

Acordou. Suando e um pouco estremecida.

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